Itens na sacola 0
Produto
Subtotal
Total
R$ 0,00
O CARRINHO DE COMPRAS ESTÁ VAZIO.
O corpo o luxo a obra
O corpo o luxo a obra
R$ 69,00
ou em até 1x de R$ 69,00 no cartão ou R$ 65,55 à vista com 5% de desconto

O corpo o luxo a obra

0 avaliações | Dê a sua avaliação!
R$ 69,00
ou em até 1x de R$ 69,00 no cartão ou R$ 65,55 à vista com 5% de desconto
Veja opções de pagamento
    • 1x de R$ 69,00sem juros

A boa nova está em vossas mãos, caro leitor. Abra este livro numa página qualquer, respire devagar ao menos uma vez, entreabra um pouco mais a fresta dos cinco sentidos e, por fim, entregue-se à leitura dos versos ocasionais. Logo se surpreenderá a testemunhar um pensamento que parte de mãos atentas e delicadas, capazes de uma arte rara: a de tomar e torcer as palavras até o ponto em que cantam.

 

Herberto Helder é um poeta vizinho do encantamento. Acredita na poesia como um ?talento doloroso e obscuro?, a ser exercido com a liberdade necessária para que os sentimentos essenciais encontrem abrigo nos poemas. Deparamo-nos então com os dizeres comovidos, cantantes, mobilizados em torno de uma inteligência própria, sem receio da espontânea associação entre os nomes e os afetos.

 

Seus versos configuram uma plasticidade tátil de adjetivos e substantivos tramados em ritmos sutis, ao mesmo tempo em que dão a ver o corpo  como fonte inesgotável de percepção. Esse mesmo corpo, que o cotidiano pede em vigília, Helder nos remete ao seu revés: vem dele a primordial respiração das imagens poéticas; consonante a essa memória, a poesia realiza uma visita diferente ao que se toma por realidade.

 

Desde a publicação de ?A colher na boca?, em 1958, o autor distinguiu-se pelo alto grau de invenção com que dispõe de pensamentos e emoções. Em seus primeiros livros, tinha-se a impressão de que punha em movimento uma poderosa imaginação surrealista, ressaltada pela musicalidade e pelo tom evocativo dos poemas. Mas a coerência e a continuidade de tal prodígio breve fez ver que se tratava de projeto mais ousado.

 

Alumbrando palavras, despertando-as do estado de dicionário, a máquina lírica do poeta surpreende o aleatório das coisas, seja uma laranja, uma bicicleta ou um peixe no aquário, com uma inesperada alquimia verbal que nos enche os olhos. Sua dignidade repousa nessa qualidade e o seu ofício está longe de ser ingênuo ou narcisista.

Autor: Herberto Helder
Número de páginas: 160 páginas

Idioma: Português

Editora: Iluminuras

Data da publicação: 1 janeiro 2000

Dimensões: 20.8 x 14 x 1.6 cm

ISBN-13: 978-8573211405

 

Tecnologia iSET - Plataforma de E-commerce para criar loja virtualPlataforma de E-commerce