No início do romance, os relatos de Charlie estão repletos de erros, revelando sua condição limitada devido a uma grave deficiência intelectual. Essa condição, ao menos, o protege dentro de um "mundo" particular, isento das zombarias de seus colegas de trabalho e das tragédias familiares. No entanto, após se submeter a uma cirurgia inovadora que eleva seu QI, Charlie não apenas se torna mais inteligente do que os próprios médicos que o operaram, mas também começa a perceber uma nova realidade: uma visão ácida, crua e problemática da vida. Embora o conhecimento possa ser visto como uma bênção, Daniel Keyes cria um personagem complexo e instigante que questiona essa sorte, refletindo sobre suas relações sociais e sua própria existência. Ao lado de Algernon, seu rato de estimação e a primeira cobaia bem-sucedida da cirurgia, Charlie enfrenta uma jornada perturbadora e profunda.
Flores para Algernon continua sendo tão relevante hoje quanto na época de sua primeira publicação, explorando visões de mundo, relações interpessoais e, é claro, a percepção de nós mesmos. Assim, se você está pronto para mergulhar na realidade de Charlie Gordon, também é uma oportunidade para questionar: o mundo que sempre percebemos ao nosso redor realmente existe?
Autor: Daniel Keyes
Editora: Aleph
ISBN: 9788576573937
Tamanho: 21.2 x 13.6 x 2.2 cm
Páginas 288 páginas
Edição 1ª edição (10 julho 2018)
