As Sinhás Pretas da Bahia: Suas Escravas, Suas Joias

O novo ensaio do antropólogo baiano Antonio Risério aborda o fascinante processo das mulheres negras e mestiças, tanto africanas quanto já brasileiras, que conseguiram ganhar dinheiro, comprar sua liberdade e, posteriormente, investir em escravos, imóveis e joias em uma sociedade escravista como a do Brasil colonial e imperial. Essas mulheres, algumas das quais receberam o respeitoso tratamento de Dona nas principais cidades do país, foram protagonistas importantes na origem do candomblé brasileiro, criando famosos terreiros como a Casa Branca do Engenho Velho, o Gantois e o Alaketu.

O ensaio, marcado pela riqueza de dados e análises, oferece uma visão fascinante da trajetória dessas mulheres escravizadas que conseguiram conquistar sua liberdade e liderar ações político-religiosas que enriqueceram profundamente a vida e a cultura brasileiras. A obra, lançada em julho de 2021, recebeu uma segunda edição em 2022, acrescentando 200 páginas adicionais.