Ailton Krenak, líder indígena e pensador contemporâneo, tem oferecido reflexões contundentes sobre os desafios enfrentados pela humanidade, especialmente em meio à pandemia de covid-19. Ele critica as tendências destrutivas da chamada "civilização", como o consumismo desenfreado, a devastação ambiental e uma visão estreita do que significa ser humano.
Krenak questiona a ideia de que a economia não pode parar, sugerindo que o foco excessivo no crescimento econômico negligencia outras dimensões essenciais da vida. Sua crítica vai além dos governos e instituições, alcançando os próprios consumidores, que muitas vezes alimentam um ciclo insustentável de consumo.
Para Krenak, a noção de "civilização" não deve ser considerada como um destino inevitável. Ele desafia a concepção convencional de sustentabilidade, argumentando que ela não deve ser vista como uma solução mágica para os problemas do mundo, mas sim como parte de uma transformação mais profunda na forma como nos relacionamos com o planeta e uns com os outros.
Neste contexto desafiador, as palavras de Krenak surgem como um alento, oferecendo uma perspectiva alternativa e inspiradora. Seu livro "Ideias para adiar o fim do mundo" tem ressoado profundamente com os leitores, vendendo milhares de cópias e sendo traduzido para diversos idiomas, demonstrando a relevância e o impacto de suas reflexões em escala global.